Dia Nacional de Prevenção da Obesidade – 11 de outubro

Ritmo de vida agitado, pouco tempo para a preparação de refeições em casa, falta de atividade física, facilidade de acesso a alimentos industrializados e com muito açúcar, sal e gorduras, genética e questões psicológicas. Estes são alguns dos fatores apontados por médicos e especialistas como responsáveis pelo aumento da incidência de obesos nas últimas décadas.

De acordo com levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 1996, 12,7% dos brasileiros eram obesos.; 20 anos depois, em 2006, essa porcentagem tinha saltado para 22,1%. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostram a mesma tendência, indicando entre 2002 e 2013 o crescimento de 40% para 60% da população do país com excesso de peso. No resto do mundo, a situação não é muito melhor, a Organização Mundial da Saúde estima que em 2025 existirão 700 milhões de obesos e 2,3 bilhões de pessoas acima do peso em todo o globo.

Por afetar a produtividade econômica do país – podendo causar em casos mais graves inaptidão para o trabalho – e a qualidade e expectativa de vida dos indivíduos, a obesidade é considerada um problema de saúde pública. Além de contribuir para o surgimento de AVC, infarto e desnutrição (causada pela ingestão exagerada de carboidratos e açúcares e ausência de nutrientes), segundo pesquisa da USP*, a condição pode aumentar o risco do desenvolvimento de vários tipos de cânceres: mama na pós-menopausa, cólon e reto, útero, vesícula biliar, rim, fígado, ovário, próstata, mieloma múltiplo, esôfago, pâncreas, estômago e tireoide.

O sobrepeso pode ser prevenido ou controlado na maioria dos casos, a partir de acompanhamento médico, psicológico e nutricional, prática de exercícios físicos e escolhas alimentares mais saudáveis.

*Pesquisa realizada pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), em parceria com a Universidade de Harvard (Estados Unidos) e a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), vinculada à Organização Mundial da Saúde.


Você sabia?

Segundo a OMS, quando o Índice de Massa Corporal é superior a 30, a pessoa é considerada obesa, um resultado entre 25 e 29,9 é tido como excesso de peso. Para saber o seu IMC, divida quantos quilos pesa pela sua altura ao quadrado: por exemplo, se tiver 70 Kg e 1,60 m, a conta é “70/ (1,60 vezes 1,60)”, ou seja, 70 dividido por 2,56, o que resulta em um IMC aproximado de 27,3, considerado sobrepeso.

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